sexta-feira, 22 de abril de 2011

Roma Antiga (1º ano)

Plebeus X Patrícios


Tito Lívio, em História de Roma, referindo-se às lutas entre patrícios e plebeus que se estenderam do século V ao IV a.C., escreveu: "... apesar da oposição da nobreza, houve eleições consulares em que Lúcio Séxtio foi nomeado o primeiro cônsul plebeu. A luta, entretanto, não terminara. Os patrícios declararam que não ratificariam essa eleição e esperava-se uma nova secessão da plebe e outras terríveis ameaças de guerra civil quando, finalmente, um acordo apaziguou a discórdia. A nobreza concedia à plebe seu cônsul plebeu, e a plebe concedeu à nobreza o direito de eleger um pretor único, patrício, que seria encarregado de exercer a justiça em Roma."
As greves plebéias acompanhadas do refúgio no Monte Sagrado deixavam Roma vulnerável enquanto as reivindicações não eram atendidas, constituíam num excelente recurso de pressão contra os patrícios nos primeiros tempos de República.

“Entretanto, a hegemonia patrícia foi paulatinamente combatida pelos plebeus que ocupavam as fileiras do Exército e garantiam a proteção militar dos domínios romanos. Progressivamente, a classe plebeia passou a desfrutar de direitos no interior do regime republicano e a criar leis que se direcionavam aos direitos e obrigações que este grupo social detinha.” http://www.historiadomundo.com.br/romana/

LEI LICÍNIA criada pelos tribunos da plebe Lício Stolen e Lúcio Sextio em 367 a.c. que conseguiram no senado a aprovação da mesma, concedendo a plebe o direito de eleger um cônsul. Desta forma passaram a eleger dois cônsules, um patrício e outro da plebe.

O primeiro cônsul plebeu a subir no poder foi Lúcio Sextio o mesmo a propor a lei Licínia. A lei foi uma luta dos plebeus, contra o enfraquecimento dos patrícios durante o que foi referido como o Conflito das Ordens, seguido das guerras majoritárias contra Gauleses e Latinos.

Combinava demandas constitucionais e agrárias para os plebeus O Líder conservadorista Marcus Furius Camillus, viu a lei como uma concessão requerida. A lei veio próximo ao fim do período descrito como "Anarquia" (375 a.c.), durante o mesmo período nenhum chefe magistrado legitimo tinha sido eleito em Roma.

Alguns aspectos constitucionais da barganha tinha  como intuito, acrescentar mais poder para os plebeus.

A lei também teve o objetivo de acabar com a escravidão para aqueles que não tinham como pagar suas dividas aos proprietários rurais, esse direito era garantido apenas aos cidadãos romanos.

Mas muitos cidadãos das províncias continuaram a ser escravizados por dividas após a aprovação da mesma.


EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA

Durante a República, a conquista de novas terras foi um fator determinante para que a feição social de Roma passasse por inúmeras transformações.

Logo de início, a economia de caráter agropastoril disputou espaço com um articulado comércio entre várias regiões próximas do Mediterrâneo. A ampliação da oferta de escravos estabeleceu um aumento da oferta de alimentos. Paralelamente, generais e magistrados se beneficiavam com a administração e a tributação das novas províncias.

O controle dos patrícios sobre o Senado fez com que essa classe ficasse ainda mais enriquecida com a ampliação de suas propriedades e a larga utilização da mão de obra escrava. Apesar de gerar uma incrível produção de riquezas, essa nova realidade prejudicou imensamente os pequenos proprietários, que não conseguiam competir com o preço dos alimentos oferecidos pelos patrícios. Por outro lado, vários plebeus perderam OPORTUNIDADE de emprego com o uso dos escravos.

Alguns dos plebeus que compunham as longas fileiras do exército romano passaram a se beneficiar com a conquista das terras e escravos. Os chamados cavaleiros eram plebeus que se enriqueceram com a cobrança de impostos, a distribuição de comida aos exércitos, o arrendamento de florestas e minas e a construção de pontes e estradas. A garantida de controle sobre tais atividades foi reforçada quando os senadores e seus descendentes foram proibidos de exercer qualquer atividade que não fosse agrícola.

Os plebeus que não conseguiam se enriquecer foram obrigados a vender as suas terras para algum grande proprietário. Ao chegarem às cidades, enfrentavam outro grande problema com a falta de empregos. O fácil acesso à força de trabalho dos escravos estreitava as oportunidades de trabalho livre. Dessa forma, o enriquecido Estado romano se viu forçado a fornecer alimentos, vinho e espetáculos que continham a insatisfação dessa grande massa sem ocupação certa.

Por volta do século I a.C., o grande número de escravos também transformou essa classe subalterna em um vigoroso e ameaçador agente político do mundo romano. Em 71 a. C., o gladiador Espártaco organizou uma revolta que congregou aproximadamente 90 mil escravos contra as tropas do exército romano. Graças à ação dos generais romanos, o levante foi contido no período em que essas novas classes sociais compunham o complexo mosaico de reivindicações políticas da República Romana.


Causas da crise do Império Romano:

  • Enorme extensão territorial do império que dificultava a administração e controle militar (defesa);
  • Com o fim das guerras de conquistas também diminuíram a entrada de escravos. Com menos mão de obra ocorreu uma forte crise na produção de alimentos, sendo esse o principal fator para a crise do Império;
  • Aumento dos conflitos entre as classes de patrícios e plebeus, gerando instabilidade política;
  • Crescimento do cristianismo que contestava as bases políticas do império (guerra, escravidão, domínio sobre os povos conquistados) e religiosas (politeísmo e culto divino do imperador);

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